Miguel Augusto

augusto+alvaro -Miguel Augusto

Uma folha de papel em branco e um lápis na mão … é algo que não me assusta, muito pelo contrário. 


Sempre gostei muito de desenhar. Não faço ideia de quem herdei este gosto, que eu saiba, não foi de ninguém da família, pelo menos que eu conheça. O mesmo não pode dizer a minha filhota (o meu maior tesouro) que parece ter herdado de pai o mesmo gosto. 

Lembro-me de quando andava ainda na escola primária, sempre que tinha de fazer os trabalhos de casa, fazia sempre um desenho no fim dos trabalhos. Claro que, fazia os deveres    ( os TPC de hoje) mais ou menos á pressa, para poder ter mais tempo para os meus desenhos!!  Devo confessar que isto da "pressa", valeu uns bons puxões de orelhas. Mas mesmo assim continuei no mesmo registo. 


Mais á frente, já na escola preparatória, ter aulas de educação visual era para mim um verdadeiro prazer. Gostava de tal forma daquilo, que a minha professora, permitia que assistisse ás aulas de outras turmas, sempre que eu tinha tempos livres. Fartei-me de fazer cartazes para a escola entre outros trabalhos ( acho que se aproveitaram de mim ).


Sempre fui um miúdo bastante “criativo” (ou aborrecido...)  … desde desmontar todo tipo de brinquedos para depois os refazer á minha maneira, a fazer roupinhas para as bonecas da minha irmã, fiz de tudo um pouco. Um artista versátil.  Até os cães e gatos, que sempre tivemos lá em casa, serviam de cobaias para testar as casinhas que eu tentava fazer para eles. Na verdade, nunca tive grande sucesso, mas ainda assim os meus amiguinhos de 4 patas, gostavam muito de mim. E eu deles. 

Só para que conste, continuo a gostar muito de animais, temos cá em casa, uma cadela e um gato, a Kikas e o Peúgas. Foi só um aparte.

Continuando ...

A minha ligação aos móveis, por assim dizer, vem de família. O meu pai sempre foi marceneiro (agora já aposentado), assim como o meu avô. Comecei a trabalhar ainda muito novo, na marcenaria onde trabalhava o meu pai, nas minhas férias de verão. Ainda me lembro, quando fiz o meu primeiro móvel do princípio ao fim. Por momentos, fui o rapaz mais feliz do mundo. Não era para menos, afinal tinha “criado” algo com as minhas próprias mãos, que alguém iria utilizar. 


Assim continuei, ligado á indústria do mobiliário, passando por várias empresas, desempenhando diversos cargos, com muitos cursos e formações pelo meio, por mais de 30 anos.  


Na última empresa onde trabalhei, durante 20 anos, desempenhei os cargos de diretor industrial, técnico e criativo. Tive a rara oportunidade de desenvolver e produzir muitas das minhas criações. Serei eternamente grato pela confiança que em mim depositaram.  


Saber que milhares de famílias em Portugal e outros países, têm nas suas casas móveis criados e desenvolvidos por mim, juntamente com equipa que chefiei durante anos, é algo que realmente me enche o coração. 


Agora, já muito perto dos 50, continuarei a criar e desenvolver. Quero ainda fazer muitas famílias felizes.

Miguel

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